domingo, 2 de agosto de 2009

Queime depois de ler.

Por acaso já se sentiram abandonados mesmo estando com um número horrendo de pessoas sugando o seu ar?
Sim.
Eu já, e ainda me sinto.
É estranho pra mim sentir esse tipo de sensação porque eu sempre fui uma pessoas rodeada das mais diversas espécies de pessoas. O uso da palavra "espécies" não foi em vão.
Eu tenho uma necessidade quasee patológica de ter alguém para conversar, ou para simplesmente, estar ao lado.
Acontece que num mundo onde cada vez mais as pessoas se vertem em animais inconscientemente, fica difícil escolher alguém para se ter algum tipo de diálogo.
Confesso sem o menor constrangimento: eu gosto de estar com muitas pessoas. Sou egocêntrico ao ponto de achar que eu tenho que ter amigos porque eu sou uma pessoa sem igual.
Vejam só:
Desenho bem,
Sou criativo,
alegre,
simpático,
comunicativo...
Agora é que eu fico em dúvida:
Em que que tudo isso me ajuda?
Aonde ser ou fazer tudo isso vai me levar?
Essa eu respondo: a lugar nenhum.
De que me adiantou ter feito tantas coisas maravilhosas se nem ao menos consigo reconhecer que as fiz?
De que me adianta ser tão comunicativo se não consegui falar o que eu queria pra quem eu queria?
De que me adianta ser alegre se eu ainda perco tempo ficando mal por motivos sem a menor importância?
Só espero que ser/estar desse jeito seja apenas uma fase conturbada da minha vida como dizem, por se não, tenho medo de esquecer a minha essência e me tornar uma pessoa completamente alheia à vida; me dedicando apenas a assuntos dispensáveis...
É muito ruim ser tão neurótico num mundo e época onde a maioria das pessoas da minha idade
estão perdendo tempo com coisas que lhes fazem feliz. Não bem, mas, feliz.
Tudo o que eu queria era ser... Normal. E só. Me preocupar com o que eu devo me preocupar...
Algum dia eu vou conseguir. Eu sei que vou.

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