Demorei muito tempo para chegar a certas conclusões e ainda assim, não as tenho plenamente, como o fato da minha existência ter um propósito que ainda desconheço, contudo, concluí que ele não deve ser conhecido.
Fiquei a me perguntar o seria, sem uma palavra melhor, "ser".
O que é ser afinal?
Eu sou?
Sou o quê?
Sempre ouvimos dizer que cada um é à sua maneira, cada um possui uma individualidade, cada um tem algo que é capaz de diferir um igual dentre milhões de iguais.
Mas, como assim temos nossa individialidade se por exemplo a psicanálise tem um diagnóstico geral para cada tipo de pessoas?
Como podemos ser individuais num mundo onde o que é singular passa a ser sinônimo de anarquia ao padrão?
Qual a razão de sermos então?
Me pergunto se tudo isso não é proposital. Se essas dúvidas que me põem a escrever não me foram impostas por algo ou alguém maior que quer que eu seja e não simplesmente exista.
Indago a esmo sobre qual seria a razão de tudo isso? Por que uma angústia tão ínfima me parece ser motivo de calamidades.
Ora, se temos a capacidade divina de pensar e ponderar, por que todos não o fazem?
"Levar a vida simplesmente" não se enquadra no parâmetro "ser".
Qual a dificuldade em se ter um pouco mais de amor pelo vizinho, pelo lixeiro padeiro, cobrador, e compreender que se todos estamos aqui, e temos de ser, eles também o tem. Não há como desassociar isso. Ou se convive com ou se morre sem.
Creio eu que "ser" seja algo bem mais profundo do que a palavra pode expressar.
Acredito que "ser", seja amar em sua plenitude.
Ser amor, é "ser".
Amar o ser, "ser".
Assim sendo, espero conseguir nos próximos dias, "ser" um pouco mais.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
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