quarta-feira, 28 de abril de 2010

Éden negro

Há muito ouvi falar de um lugar onde coisas tão incríveis quanto inglórias podem acontecer.
Disseram-me certa vez que havia os mais belos prados verdejantes, as mais belas relvas, os mais belos céus e terras, as mais belas coisas belas...
Entretanto, o horror também estava constantemente presente em meio a tantas maravilhas: dor, sofrimento, angústias, insatisfações, segredos....
Como pode haver tanto aprazo e tanto infortúnio no mesmo lugar?
Não sei ao certo. Só sei que um tenta suprimir o outro numa batalha incessante que muito me diverte e depressia.
Só sei que esse lugar é...



Minha mente.

sábado, 10 de abril de 2010

Três minutos. Últimos.

Oh, Glorioso Deus!
Perdoa-me, pois, não fui filho Teu
Perdoa-me por ter-me de Ti distanciado.
Per oa-me por ter-me rendido ao que não era meu e nem Teu.
Perdoa-me, pelo mau uso de meu liv e arb trio...
Perdo-a me Oh, Pai, por ter-te sido inútil.
Por blasf mar contra Ti...
P rdoa-me Se hor
P e     do a
se nr
p,m

v fbvgggggggggggggggggggggggggggggggggggggggf

Caça

Olha bem no fundos dos meus olhos e dize-me o que vês.
Olha bem no fundo da minha alma e vede o quão apática ela se acha.
Olha meu resquício de ânimo e faze-te uma pessoa solidária.
Ouve meu pranto inaudível na calada da ruidosa noite.
Sente a batida morta desse meu coração que já não bate.
Onde posso encontrar versos para meu canto triste ou tristezas para meus cantos inversos?
Para onde devo ir afim de obter a palavra que eu costumava ouvir antes de me render à loucura?
O tudo que agora tenho me é menos que nada.
Dize-me o que devo fazer para ter-me de volta para mim.
Perdi-me na obscuridade de meus pensamentos,
na solidão de meu egoísmo,a
na infinitude de minhas fraquezas,
na interminável sensação de que estou abaixo das almas mais desgraçadas...
Perdi-me em meu próprio olhar. Vazio. Triste. Abatido. Convalescente.
Ludibriei-me com minhas próprias oratórias. Aquelas que eu costumava declamar apaixonadamente para meu eu mais demente e ignorante, que a tudo atribuía caráter verídico e romântico.

Olha meu rosto. Dize-me se o vês, pois eu mesmo já não sou capaz de fazê-lo
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domingo, 4 de abril de 2010

L(ímpida) OU C(om) (feir)URA!

O que seriam aquelas coisas voando no céu estrelado do meio-dia?
Pássaros, insetos...
Ou talvez uma revoada de pianos ao vento rumo ao horizonte sem fim.
O que serão esses ruídos surdos e inaudíveis?
Seriam crianças a brincar?
Sopranos e tenores a cantar?
Ou uma chama a gritar?
Quem vem lá?
Seu pai?
Irmão?
Seu ego?
Meu ego?
Oh...
Não, não..
Nada disso.
Nenhum nada.
Nenhum ninguém.
Nada de nada.
Sou apenas eu,
sua amiga de infância.
Lembra-se de mim?
Não?
Grite alto.
Pule.
Cante.
Dance.
Desnude-se.
lá eu estarei.
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Agora se lembra?

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