domingo, 27 de dezembro de 2009

Noite-e-meia.

Há nas noites algo que, pra mim, ainda não tem explicação e que me faz apreciá-las como quem aprecia um copo de água gelada no deserto.
A escuridão do céu pontilhado de estrelas a encimar a todos.
O silêncio das ruas a pertubar a calma de uns e acalmar a perturbação de outros.
A brisa fria a entrar sem autorização por cada fresta mínima que ousar existir pela casa.
Há nisso tudo uma elegância natural.
Há uma nobreza interior.
Há nisso tudo um reavivar de lembranças.
Ora, quem nunca reviu todo seu passado com um sorriso no rosto ou uma lágrima nos olhos durante uma calma e fria noite?
Foi o que pensei.
E é em meio a tudo isso que me ponho a contemplar uma das inúmeras criações belíssimas de Deus.
É em meio a uma noite escura, fria e silenciosa que me ponho a lembrar do meu passado, vislumbrando o meu futuro, dedicando o meu presente a uma madrugada cheia de reflexões.
Esse sou eu. Alguém incapaz de dissociar a noite da auto-análise.
Esse sou eu. Amante do frio. Amante do silêncio. Amante da noite...

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