sábado, 15 de agosto de 2009

"Eu sentimento", a série. (n°4- Medo)

Não apresento-me por não é preciso que eu o faça e não te apresentes porque sei exatamente quem és.
Estou onde estás. Bem aí em tua consciência.
Sim.
Aí onde escondes que realmente és.
És um ser comum, suscetível a enganos e erros;
És fraco;
És dependente;
És mesquinho;
E tudo isso porque tentas me esconder de teu dia-a-dia.
És hipócrita quando o fazes!
Te paramentas com um arquétipo que não te é condizente afim de mostrar para ninguém o nada que és.
Estou aí.
No teu pesadelo;
Na tua angústia;
No tua expectativa;
Estou no badalar de teu relógio a contar os minutos que ainda te restam de vida;
Me faço presente na dúvida que te fustiga o coração enquanto esperas a resposta de teu bem-amado;
No vento que entra sem permissão em tua casa na noite em que estás só;
Estou aqui,
Para que compreendas que és um ser em constante aprendizado e que não és tudo.
Estou aqui para te limitar o saldo de erros em tua vida;
Quem vive sem mim não é de todo tolo, mas, não sabe que me transfere a um outro alguém enquanto o faz.
Quem se rende a mim, mal sabe o tanto que me enoja.
Quem sabe me dosar é o mais sábio dos sábios.
Quem sabe minha identidade sabe também como derrotar-me.
Sim.
Não sou invencível.
Entretanto, derrotar-me não é das tarefas a mais fácil.
Findo meu pronunciamento fazendo-te uma pergunta que me apraziaria muito ao receber uma resposta:
Até que ponto eu interfiro no teu viver?

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